Prepare a pipoca, a internet e o sofá. Cinco anos depois, o 7º Festival de Cinema Baiano (Feciba) volta ao seu lugar de vitrine das produções do estado. São dez dias de programação totalmente online e gratuita, até o dia 26 de março. Na grade, estão a exibição de 50 filmes, a realização de quatro oficinas, a transmissão ao vivo de 20 debates e de duas lives-show.
Com o tema ‘Dentro de casa, asa’, o evento é uma produção do Núcleo de Produções Artísticas (Núproart) e da Voo Audiovisual, e chega para dar destaque ao que há de mais recente no cinema realizado por baianos.
“É com muito prazer que realizamos a sétima edição do FECIBA totalmente diferente e adaptado para esse momento pandêmico. Apesar de distantes, estamos conectados pelas redes e pela arte. O Festival veio para mostrar como o cinema baiano cresceu, multiplicou e está se tornando diverso”, celebra Edson Bastos, produtor executivo e diretor artístico do Festival.
Os 20 debates do 7º Feciba
Sob a ótica do cinema baiano, serão promovidos verdadeiros mergulhos nos temas mais urgentes da atualidade. O evento traz 20 lives-debates, todos os dias às 15h e às 19h. Todos terão tradução simultânea, garantindo acessibilidade em Libras para surdos e deficientes auditivos que fazem uso de Libras.
Às 15h, o Feciba pauta a internet com os seguintes temas: “O sagrado no audiovisual: a representação das Religiões de Matrizes Africanas no cinema baiano” (dia 18); “Cinema de preto: produções audiovisuais construindo narrativas afrocentradas” (dia 19); “Cinema e memória: como o cinema baiano desconstrói seu passado?” (dia 22); “Cineclubes: fluidez e valorização do cinema” (dia 23); “Cinema é arte coletiva: produção e recepção do cinema baiano” (dia 24); “Sessão Covid: Cinema e reinvenção” (dia 25). No último dia, excepcionalmente, o debate será às 14h, com o tema “Cinema e escola: a função didática dos filmes” (dia 26).
Às 19h, os debates diários serão: “Sexualidades – o que há de inovador no cinema LGBTQIA+?” (dia 18); “Bahia a dentro – relação entre o mercado e as pequenas produtoras” (dia 19); “As fortes: representações de mulheres negras nas narrativas cinematográficas baianas” (dia 22); ‘’Cinema é para todo mundo: as problemáticas da distribuição fílmica na Bahia” (dia 23); “Liberdade como tema: roteiros subversivos desestabilizam o ‘normal’?” (dia 24); “Quem assiste o que você filma? – Importância dos festivais de cinema, no contexto baiano” (dia 25). O último debate, dia 26, será realizado às 17h: “Documentários baianos: entre o real e o ficcional”.
Mais filmes, oficinas e… música!
A lista dos 50 filmes que serão exibidos contempla 10 longas, 10 médias e 30 curtas-metragens, que ficarão disponíveis durante os dias do evento. A maioria é do gênero ficção e documentário, mas há também animações e filmes híbridos. Uma oportunidade para quem gosta de compartilhar ideias com os realizadores dos filmes é que alguns deles integrarão a programação das lives/debates do evento.
Seguindo com a tradição de sempre contribuir para a formação da mão de obra do audiovisual, nesta edição, serão promovidas as oficinas de Desenho de Produção, com Solange Lima; Roteiro, com Orlando Senna; Direção e as sete artes do cinema, com Cecília Amado; e Produção audiovisual para Internet, com Thiago Almasy. Ao todo, 240 pessoas serão contempladas nessas formações e já garantiram as suas vagas.
Por fim, quem acompanha o Feciba sabe que no evento o cinema baiano ganha o tempero da música. Por isso, o show de abertura ficou por conta da voz potente de Eloah Monteiro no dia 14 de março e o encerramento ficará por conta da banda Manzuá, na sexta-feira, dia 26, às 19h30, em uma apresentação que marca o lançamento do álbum ‘Manzuá’, com transmissão no canal do Youtube do Festival.
Esta edição tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
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Na capa: Dan Ferreira e Danilo Mesquita no filme “Sobre nossas Cabeças”, direção Susan Kalik em exibição no Feciba