Iane Gonzaga lança Ep Territóriamente com canções autorais sobre pertencimento, ancestralidade e vivências como mulher preta

Primeiro álbum da cantora e multi-instrumentista baiana reúne músicas que dialogam com suas origens e a relação entre corpo e território.

Da junção de suas vivências territoriais como mulher, preta e soteropolitana, com suas referências musicais e ancestrais, Iane Gonzaga lança seu primeiro EP Territóriamente. No álbum Iane canta cinco músicas autorais: “Colé de Mermo”, “Euforia”, “Meu Bem”, “Sensação de Desejo” e “Amanheceu” e interpreta a canção inédita “Zabumba meu Boi” de autoria do baiano Valter Tonhá. Territóriamente estará disponível em todas as plataformas a partir do dia 09 de julho e aproveite para fazer o PRE SAVE e siga no instagram @iane.gonzaga.

O título do EP combina diversas palavras que são como guias no trabalho de Iane: terra e território como noção de pertencimento; orí, termo em iorubá que está ligado a sua ancestralidade e existência, mente que dá sentido ao pensamento criativo. As composições nascem em diferentes períodos, demarcando mais de uma década de sua trajetória artística e as memórias na criação poética e rítmica, desde as rodas de samba na porta de casa onde seu pai tocava, até as rodas de violão no passeio público onde surgiram as primeiras letras. Escritas que em sua grande maioria já nascem musicadas e batucadas entre partilhas femininas.

Em suas músicas, Iane nos apresenta obras que versam sobre as relações entre corpos e territórios, lugares e suas linguagens, sensações, desejos, relacionamentos e memórias vivenciadas. As canções estão aterradas em sonoridades afrodiaspóricas, firmadas no samba, ijexá e no reggae. “Territóriamente celebra a importância de acreditar em si, ouvir as intuições e vibrar nossas existências”, afirma a cantora.

A canção “Zabumba meu Boi” do compositor santanense Valter Tonhá, que também integra o EP, partilha do sentimento de valorizar a sua terra e origens. “Eu quis enaltecer símbolos da nossa cultura nordestina e manifestações populares que fazem parte da nossa identidade cultural”, destaca o compositor.

O EP tem produção musical do músico e arranjador Jordi Amorim, que apresenta no currículo a produção de artistas emergentes no cenário baiano como: Isa Meirelles, Boni Sobrinho, Pamela, Lucas Gerbazi e alguns outros. Territóriamente também conta com a assinatura de Jordi no baixo, teclados e sax soprano; participação de Felipe Guedes na bateria, percussão e sopros; de Gabriel Telles na guitarra e Arthur Malaquias também na percussão. A produção executiva é da Coliga Produções.

Gravado em meio a pandemia da Covid-19, o álbum demarca, juntamente com outras produções musicais baianas, a resistência artística de cantores, músicos e produtores da cena autoral independente e ressalta a importância da coletividade. “Esse trabalho chega em um momento de retorno às nossas intimidades, busca por acolhimento coletivo e valorização das escutas”, ressalta Iane. Na produção do EP foi mobilizada uma rede de pequenas empreendedoras locais, desde o figurino por Tatá Costureira, hairstylist por Nega Nagô, aos acessórios em parceria com a Chilli Chokers.

O projeto conta com apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

SERVIÇO

O que: Lançamento do EP “Territóriamente” de Iane Gonzaga

Quando: 09 de julho

Disponível em todas as plataformas

Faça o PRE SAVE

Instagram: @iane.gonzaga

Site: www.ianegonzaga.wixsite.com

Fotos Camila Brito

Sobre Uran Rodrigues 10198 Artigos
Uran Rodrigues é um influente agitador cultural, promoter e idealizador do famoso baile O Pente (@opente_festa), além do projeto Sinta a Luz (@sinta.a.luz). Com uma carreira dedicada à promoção da diversidade cultural e artística, Uran conecta pessoas por meio de eventos que celebram a arte, a moda e a cultura preta. Seu trabalho busca não apenas entreter, mas também valorizar e dar visibilidade às potências culturais de Salvador e de outros estados do Brasil.