A exposição intitulada “Figas, mãos ancestrais”, do artista visual Roque Boa Morte, será apresentada dia 26 de dezembro, no espaço Cronópios, bairro do Santo Antonio Além do Carmo em Salvador. As obras mergulham no universo simbólico de um dos amuletos mais populares do ocidente em busca da atualização do seu significado em mãos afro-atlânticas.
Serão onze obras de fotografias coloridas e uma em preto e branco inéditas, que retratam as figas humanas afrodescendentes adornadas com jóias/signos que contam itans e orikis identificadores de arquétipos das divindades africanas e seus filhos.
O processo de produção das obras, que contou com pesquisa da tradição oral e fontes bibliográficas, documentado em audiovisual e registros escritos, contou com a colaboração de integrantes de duas grandes casas de Candomblé Ketu, uma do Recôncavo, Ilê Axé Ojú Onirê, em Santo Amaro da Purificação onde o fotógrafo nasceu, e outro de Salvador, Ilé Íyá Omi Áse Ìyámase (Gantois), onde o autor reside; sendo o produto destas incursões objeto de pretensas publicações futuras.
No mesmo dia, a designer de joias Julia Gastin apresentará peças dos diversos momentos de suas criações na pop up que funcionará no verão soteropolitano, com peças dos artistas e outras selecionada pelos mesmos, com produtos que revelam a diversidade da cultura brasileira e baiana, como vaso de barro, azeite de dendê de Santo Amaro, renda e uma variedade de ítens na lojinha.
´`Fiz um apanhado de peças de diversas coleções, com destaque para as novidades de marchetaria, confeccionadas em parceria com a comunidade amazonense de Novo Airão, assistidos pela Fundação Almerinda Malaquias, tendo como padrinhos da campanha o cantor Mosquito e a apresentadora e atriz Regina Casé“ contou Julia.
O evento será para convidados e terá comidinhas do recôncavo baiano e ainda show intimista da cantora Rachel Reis.