Apresentar uma conexão entre a musicalidade negra baiana e internacional é uma das propostas do grupo Afrocidade que estreia o primeiro álbum Vivão com forte cunho social, pautado pela música como instrumento pedagógico.
O disco, que chega hoje nas plataformas de música, traz uma sonoridade fruto das misturas de ritmos periféricos, marcados pela matriz percussiva. Vivão explora a conscientização política e social em suas canções e traz uma mistura de ritmos das variadas expressões da música negra.
Os ritmos ancestrais são o fio condutor do projeto, fruto de mais de 10 anos de pesquisa sonora, que converge estilos de periferias das grandes cidades nutridas em ritmos ancestrais e na matriz percussiva, movimento e som.
Além de saudar os tambores da África, o Afrocidade reafirma a força, importância e influência direta dos valores étnicos baianos e brasileiros na formação pedagógica do indivíduo. “Nossas influências vem do pagode, o arrocha, a música afro, do rap, do dub Jamaicano, o reggae, o ragga e o afrobeat, que resulta em uma música afro-baiana politizada, popular e contagiante”, explica Eric Mazzone, diretor musical do projeto.
O álbum que conta com 08 faixas inéditas e duas vinhetas, tem a produção musical do Afrocidade em parceria com Mahal Pita, que também assina a composição da faixa Topo do Mundo junto com MCDO. Já Luedji Luna participa da música Lua Branca, Nildes Bonfim na vinheta “Canoeiro” e Léo Mendes na guitarra na música 304 cantada e composta por Nanda.
O Afrocidade, que vem revelando um potencial musical marcada pela conscientização coletiva das minorias misturada a ritmos ancestrais com forte presença percussiva, foi um dos 48 projetos contemplados de um total de 2.617 inscritos de todo o Brasil. Com produção da Giro Planejamento Cultural e parceria com a Isé, o projeto tem patrocínio da Natura Musical e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.