Repertório de “Coisas Sagradas Permanecem” eterniza a trajetória da cantora baiana Gal Costa

Foto de Giordano Toldo

O show que terá tradução de libras, encerra a turnê no dia 14 de maio (domingo), às 19h, na Concha Acústica do TCA

Adriana Calcanhotto celebra Gal Costa com apresentação única em Salvador. A direção do espetáculo assinada por Adriana em conjunto com Marcus Preto, diretor artístico dos discos e shows feitos por Gal de 2013 a 2022, tem cenário de Omar Salomão e a banda formada por músicos que tocaram com Gal em seus trabalhos mais recentes. Limma (teclados), Fabio Sá (baixo) e Vitor Cabral (bateria e percussões) integram o trio que acompanhou a cantora em sua última turnê, “As várias pontas de uma estrela”. Completa a formação Pedro Sá (guitarra e violão), que esteve com Gal na turnê “A pele do futuro”.

O repertório de “Coisas sagradas permanecem” atravessa diferentes momentos da carreira de Gal, explorando algumas vezes cruzamentos entre sua trajetória e a de Adriana. Um exemplo é “Esquadros”, presente no roteiro. A canção da compositora gaúcha foi registrada pela baiana no disco “Aquele frevo axé”, de 1998.

Em vez de buscar uma abordagem cronológica da carreira de Gal, o show se estrutura sobre recortes de aspectos de sua obra. “Temos a presença dos poetas, algo que liga muito Gal e Adriana. O roteiro tem, por exemplo, Waly Salomão e Augusto de Campos, que escreveu a versão em português de ‘Solitude’ (clássico de Duke Ellington gravado por Gal em ‘Caras e bocas’, disco de 1977)”, adianta Marcus.

Lupicínio Rodrigues — compositor a quem tanto Adriana como Gal dedicaram tributos, respectivamente o disco ao vivo “Loucura” e o show “Ela disse-me assim: canções de Lupicínio Rodrigues” — também será lembrado. “Gal cantando ‘Volta’ (no álbum ‘Índia’, de 1973) fez com que eu, uma gaúcha, pudesse ver Lupicínio de uma maneira reveladora e nova pra mim”, conta Adriana.

O roteiro de “Coisas sagradas permanecem” também passa por canções que, de alguma maneira, desenham retratos de Gal. Entre elas a já citada “Recanto escuro”, além de “Meu nome é Gal” (de Roberto e Erasmo Carlos) e “Caras e bocas” (com melodia de Caetano e versos que Maria Bethânia escreveu pensando na cantora, em primeira pessoa).

“Buscamos contemplar o maior número de compositores possíveis no repertório, com olhar especial para as mulheres que Gal gravou, como Mallu Magalhães”, diz Marcus, referindo-se à autora de “Quando você olha pra ela”, registrada pela baiana no disco “Estratosférica”, de 2016, e também presente no roteiro do novo show.

Pela voz de Adriana, Gal portanto se prolonga, na certeza de que coisas sagradas permanecem. E que ela segue viva e ecoando quando se canta: “eu sou o amor da cabeça aos pés”.

SERVIÇO:

Adriana Calcanhotto – “Coisas Sagradas Permanecem”

Quando: 14 de maio de 2023 (domingo), 19h

Onde: Concha Acústica do TCA

Quanto: 

2º Lote

PistaR$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)

Camarote: R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia)

Classificação indicativa: 12 anos