As apresentações ocorrerão até o dia 24 de março, com espetáculos de rua e em espaços alternativos
O Festival Maré de Março volta a ocupar ruas e espaços culturais alternativos da cidade de Salvador. Em sua quinta edição, com realização da Arraial e tendo a Casa Preta Espaço de Cultura como sede oficial, o Festival traz uma programação diversa com espetáculos de grupos nacionais, que se apresentarão até o dia 24 de março, com obras que se apropriam dos espaços públicos, numa relação direta com a rua e com a cidade, assim como em espaços adaptados, como casarões, museus ou bibliotecas, nunca num teatro convencional.
Na agenda, a companhia baiana Teatro Popular de ilhéus, com o espetáculo “Borépeteī, Uno”, dia 20 de março, às 20h, na Praça Municipal e por fim, o Grupo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, com performance cênico musical “Violeta Parra, Uma Atuadora”, com atuação de Tânia Farias na Casa Preta, Bairro 2 de Julho, às 19hs.
A mostra presencial é composta ainda por sete espetáculos de teatro e circo, além de show musical, escolhidos por meio de uma chamada pública, ocorrida em janeiro de 2024, com a curadoria da artista do corpo e da palavra Mônica Santana (Isto Não é uma Mulata, Sobretudo Amor e Uma Leitura dos Búzios), o bailarino e coreógrafo Antrifo Sanches (atual diretor da Escola de Dança da UFBA), além dos diretores da quinta edição do Maré de Março, Caio Rodrigo e Gordo Neto.
Das mais de 50 obras inscritas, foram selecionadas: “Biblioteca de dança”, do grupo Dimenti; o solo “Das ‘Coisa’ Dessa Vida…”, com o ator Ricardo Fagundes; as performances de dança e acrobacia “Esfera” e Roda Cyr, da multiartista Pauline Zoé; Mais um Gol de Cabeça – Mário Falcão e Johann Alex de Souza; a peça “Histórias do Mundão”, do grupo soteropolitano Chegança Atelier Cultural; a peça “Museu do Que Somos”, do grupo de artistas gays CORRE Coletivo Cênico; e o espetáculo de rua “Rominho e Marieta”, dirigido pela diretora sergipana radicada em Salvador, Letícia Aranha. Mais sobre a programação: www.festivalmaredemarco.com.br
Voltando uma atenção especial para a acessibilidade em cenários de apresentações artísticas, o festival terá nas apresentações dos espetáculos visita guiada sensorial e com descrição detalhada dos aspectos visuais para atender às necessidades específicas das pessoas com deficiência visual, assim como com intérprete de libras para deficientes auditivos (@pensejemlibras). Contará ainda, em todas as apresentações do festival, com a presença de um acompanhante terapêutico para facilitar o trato de pessoas com dificuldades psicossociais e motoras, efetivando a parceria com @desenvolverbahia.
A direção geral do Maré de Março é de Gordo Neto e a direção artística de Caio Rodrigo, a direção de produção de Ramona Gayão, produção executiva de Raquel Bosi e a coordenação técnica do iluminador e professor da UFBA, Pedro Dultra Benevides. Em 2024, o Festival Maré de Março – Ano V foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador, e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Sinopse
Borépeteī. Uno. ( foto Rosival Aquino)
Grupo – Teatro Popular de Ilhéus
Onde – Praça Municipal
Quando – 20 de março, às 19h
O espetáculo Borépeteĩ, que na língua tupinambá significa Uno, o que tudo contém e está contido em tudo, quer nos devolver a condição de seres humanos com capacidade de ver para além do que a vista alcança e nos ensinar a re/conectar nossos corpos dentro do Universo e suas complexidades como parte dele. Cinco seres do futuro, que habitam outros planetas, distantes da Terra, vêm até nós para explicar como devemos fazer para salvar nossas nações. Eles dizem: “Estão perdidos? Voltem às origens!”. Este experimento cênico, encenado em língua Tupinambá, nos evidencia a potência dos povos originários, para falar sobre humanidade e sustentabilidade.
Violeta Parra – Uma Atuadora, com Tânia Farias
Grupo – Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Onde – Casa Preta Espaço de Cultura (Dois de Julho)
Quando – 23 de março, às 19h
Ao misturar o andino com ritmos brasileiros, performance cênico musical apresenta um repertório que veste as canções de Violeta Parra, cantora e violonista que projetou a música chilena no mundo. Conhecida no Brasil principalmente pelas composições “Gracias a la Vida” e “Volver a los 17”, seu legado é inestimável para a música engajada latino-americana.