Rita Batista estreia no Saia Justa e participa da Flipelô

A jornalista e apresentadora baiana Rita Batista, que está há dois anos no time de anfitriões do “É de Casa”, da TV Globo, estreia no dia 7 de agosto como apresentadora do “Saia Justa”, do GNT. Ao lado de Bela Gil, Tati Machado e Eliana, Rita apresentará a nova temporada do programa mais longevo da TV por assinatura, que terá inclusive o primeiro episódio com sinal aberto no Globoplay para que o Brasil inteiro possa assistir. O programa continuará trazendo debates sobre relacionamentos, maternidade, saúde mental, trabalho, autoestima, intimidade e muito mais — sempre com uma abordagem leve, expondo vulnerabilidades e dividindo vivências das apresentadoras. O Saia Justa também fará presença no Fantástico nos domingos de agosto em uma prévia do papo que estará no episódio da semana. A exibição da atração será às 22h30, sempre às quartas-feiras.

“Esse convite coroa a minha carreira! Já usei tantas saias por escolha e também que me foram impostas nessa vida e hoje chego com a da medida exata do tamanho que me cabe”, diz Rita Batista sobre sua chegada ao elenco do Saia Justa.

Ainda agora em agosto, no dia 11, Rita Batista também participa da Flipelô, Festa Literária Internacional do Pelourinho, em Salvador. Em uma mesa composta por três mulheres baianas, Rita fará bate-papo com a Chef Lili Almeida; a mediação será feita pela cantora, compositora e poeta Ludmila Singa.

Rita leva à feira “A Vida É Um Presente”, seu livro lançado em maio deste ano, que já está na segunda edição. Após conduzir o podcast “Tudo Odara”, onde compartilha observações espirituais e da própria vivência, ela decidiu reunir mantras selecionados por ela, muitos dos quais compartilhava com seus seguidores nas redes sociais, nesse livro.

“O meu livro é uma tradução literal da minha compreensão sobre a interferência divina nessa existência carnal. E, na Flipelô, estaremos juntas eu e Lili, com mediação de Ludmila. Eu e Lili temos trocas muito próximas, muito parecidas. Assim como eu, ela também foi criada pela mãe e pela avó. Lili conta que eu a estimulei a aproveitar a verve dela de comunicadora na vida profissional também; ela, que é chef de cozinha, e também é uma comunicadora nata! Os pensamentos dela, o livro dela, trazem fôlego à vida das pessoas. Acho que vai ser muito bom, nossos trabalhos são complementares, nunca fomos e jamais seremos concorrentes. Nossos livros, que são da mesma editora, inclusive, também se complementam”, diz Rita.

Com 21 anos de carreira, Rita Batista teceu sua carreira a partir da firmeza da sua presença. Ela lembra, por exemplo, que o primeiro emprego conquistado foi na Rádio Metrópole, em Salvador, em 2003: “Eu escrevi para o Mário Kertész, dono da emissora, e disse que a rádio dele era ótima e que ficaria melhor comigo. Ele me chamou para uma entrevista e me colocou no ar imediatamente; eu produzia e apresentava, radiojornalismo mesmo, sem música”, conta.

Mais ou menos no mesmo período, em 2002, entrava no ar o programa “Saia Justa”, no GNT, que trazia ao público discussões feitas por quatro mulheres sobre variados temas a partir da transparência e da ausência de tabus. Nessas duas décadas que se sucederam, Rita Batista saiu de Salvador, trabalhou em emissoras sediadas em São Paulo, voltou à sua cidade natal e esteve à frente de diferentes jornais e programas até assumir a apresentação do “É de Casa”, na TV Globo, no Rio de Janeiro. Em paralelo, no mesmo intervalo de tempo, o programa “Saia Justa” atravessou governos, acompanhou e discutiu as transformações de tantas questões sociais e teve diferentes formações de elenco – talvez uma das mais significativas provas de que a própria atração se deixou transformar profundamente, na sua estrutura, pela sociedade e pelas discussões a que dava palco.

Em 2016, Rita Batista e Saia Justa fizeram um primeiro flerte: a apresentadora esteve à frente por uma temporada do “Saia pelo Brasil”, quadro de reportagens especiais feitas por ela ao redor do país. Em 2022, um breve e importante reencontro aconteceu quando Rita sentou-se no sofá como entrevistada de Astrid Fontenelle, Larissa Luz, Sabrina Satto e Luana Xavier, apresentadoras à época. Agora, em 2024, as duas trajetórias, sem coincidências, resolveram se encontrar de vez. Mas, dessa vez, a baiana retada integra o elenco de forma fixa e será uma das anfitriãs da próxima temporada.

“Eu sou atraída por poder falar sobre assuntos importantes, com calma e tempo para refletir; o Saia tem um público que se disponibiliza para isso. O equilíbrio entre a fala e a escuta será o meu guia, assim como a potência de pôr em prática o exercício da dialética. É um farol pra mim poder mudar de ideia”, conta Rita.

A apresentadora, que vai conciliar os programas “É de Casa”, na tv aberta, e o “Saia Justa”, no GNT, tem como parte essencial da sua carreira a participação em eventos focados na igualdade racial. No primeiro semestre deste ano, Rita esteve no “Prêmio Sim à Igualdade Racial”, maior evento da América Latina que reconhece quem promove a igualdade racial no Brasil e no mundo, no Festival Negritudes Globo Rio de Janeiro e no Festival Negritudes Globo Salvador, que teve sua primeira edição e foi apresentado por ela.

Rita Batista nasceu em Salvador, tem 45 anos e, embora agora vá ter agenda dupla no sudeste, segue morando na cidade soteropolitana. A ponte aérea para São Paulo e para o Rio de Janeiro, onde são gravados respectivamente os programas “Saia Justa” e “É de Casa”, será semanal. A apresentadora tem como fortes pilares na sua vida o comprometimento com o combate ao racismo, ao sexismo e às intolerâncias de toda ordem, e também a filosofia africana Ubuntu, que fala sobre a capacidade humana de compreender, aceitar e tratar bem o outro: humanidade para todos.

Crédito Engels Miranda

Sobre Uran Rodrigues 10202 Artigos
Uran Rodrigues é um influente agitador cultural, promoter e idealizador do famoso baile O Pente (@opente_festa), além do projeto Sinta a Luz (@sinta.a.luz). Com uma carreira dedicada à promoção da diversidade cultural e artística, Uran conecta pessoas por meio de eventos que celebram a arte, a moda e a cultura preta. Seu trabalho busca não apenas entreter, mas também valorizar e dar visibilidade às potências culturais de Salvador e de outros estados do Brasil.