Giovani Cidreira, Fatel, Guigga e mais: Teatro Gamboa tem semana com grandes nomes da música contemporânea da Bahia

Lançamento do Disco - Mar Sobre Pedras

Crédito: Caíque Silva

O show “Mar Sobre Pedras”, que tem origem no disco homônimo, chega ao palco do Teatro Gamboa nesta quarta-feira (19), às 17h e 19h, reunindo dois nomes fortes da música contemporânea da Bahia: Guigga e Tarcísio Santos. O repertório traz composições autorais e versões de canções com parceiros como Paulo Monarco, Conrado Pera e André Fernandes, além da performance inédita de “Letra Fera”, poesia de Glauber Rocha musicada pelo cantor e compositor conquistense Gutemberg Vieira. Neste espetáculo que imerge no universo sonoro e visual do disco, o violão do instrumentista, arranjador e compositor baiano de Itiruçu, Tarcísio Santos, encontra a voz do cantor, compositor e ator Guigga, nascido e criado em Maracás, espelhando os sertões da Bahia à luz da paisagem de mar e pedras da Gamboa. Ingressos R$20/R$40.

Fatel – crédito: Caio Lírio

Na quinta-feira (20), às 17h e às 19h, outros dois nomes marcantes do cenário da música independente da Bahia assumem a programação. Giovani Cidreira e Fatel são dois artistas baianos que trazem consigo obras distintas e diversas e, juntos, apresentam o show “Cortes de Navalha”, em duas sessões no Gamboa. Enquanto Fatel tem em sua poesia as texturas áridas do norte baiano — o aboio embutido na voz —, Giovani traz toda a complexidade da metrópole sintetizada em sua poesia marginal e apaixonada. “O alvo da palavra aqui é, antes de tudo, a carne. O alumbramento, o pasmo, o arrebatamento, o rasgo. O que Fatel e Giovani miram quando cantam é a epiderme. Que a carne sinta antes que o cérebro entenda: como são os Cortes de Navalha”, define a dupla. Ingressos R$20/R$40.

Giovani Cidreira – Divulgação

O trabalho autoral de Spike retorna ao Gamboa nesta sexta-feira (21), às 19h. Influenciado pela música negra do samba rock, samba funk, sambalanço, tradições percussivas baianas e os ritmos afro-brasileiros do Candomblé, ele apresenta o show “O Baile da Nêga”. Trata-se de uma celebração das raízes dos bailes black dos anos 70 e 80, em um repertório que une clássicos da black music com composições autorais. Músico, Spike atuou como guitarrista ao lado de artistas como Peu Meurray, Magary Lord e Luedji Luna. Recentemente, dividiu palco com Majur, no show “Ojunifé”, e foi responsável pela direção musical de festivais como AFROPUNK BAHIA, consolidando-se como um nome versátil e criativo na cena artística brasileira. Ingressos R$20/R$40.

Spike – Crédito: Sérgio Fernandes

Sábado (22) e domingo (23), às 17h, o Coletivo das Liliths retorna ao espaço cultural dentro do projeto Ocupação Gamboa com os solos “Habitei Cantos que Poderiam no Máximo ser Frequentados” e “A Cidade dos Pequenos Causos”, respectivamente. No primeiro, a atriz Gabriela Vasconcelos é uma escritora, uma vendedora de palavras que confunde os romances que escreve com suas histórias pessoais, e acaba por resgatar lembranças de perdas familiares. No segundo, o ator Davi Dias conhece um guia que apresenta as melhores e piores histórias de moradores de uma pacata cidade. Os espetáculos fazem parte do “Solos Flutuantes”, projeto criado pelo ator e professor baiano Thiago Carvalho, quando embarcou para a capital federal para passar uma temporada como professor substituto na Universidade de Brasília (UnB). Ingressos R$15/R$30.

Espetáculo Habitei Cantos que Poderiam no Máximo ser Frequentados – Crédito: Jaitai Ribeiro


Os ingressos para cada apresentação estão à venda na bilheteria do teatro a partir das 15h do dia do espetáculo, ou antecipadamente no https://teatrogamboa.com.br/. Há ainda a opção de assistir aos shows de forma on-line, com transmissão na plataforma virtual do Gamboa, com venda também pelo site. Antes de cada apresentação, o público poderá conferir, no CineGamboa, o clipe da música “Medo do Fim”, do cantor e compositor mineiro Gustavo Fraga, em uma narrativa que traz a ideia de um sujeito que está preso dentro dos seus pensamentos, dos seus desejos, e tenta fugir de si mesmo, deste lugar que ele não quer acessar.

Espetáculo A Cidade dos Pequenos Causos – Crédito: Jaitai Ribeiro


Exposição
A exposição processual “Literato – Entre papéis e palcos” segue em cartaz até o fim do mês na galeria Jayme Figura, no foyer do Teatro Gamboa. Idealizada por Lucianna Ávila e produzida por Kívia Kiara, a mostra tem o desejo de apresentar ao público o processo criativo e de desenvolvimento de livros infantis, trazendo  como protagonistas as etapas da produção literária,  além  das obras finalizadas. Os livros  expostos são  de autoria da escritora e contadora de histórias Lucianna Ávila, com músicas de Marcos Bezerra e ilustrações dos artistas visuais Tamires Lima, Jéssica Silva, Bruno Aziz, Emy Morais e André Gustavo.