A evolução humana sob a ótica de três artistas espanholas

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Tarde de outono em Madri, a praça Dos de Mayo alaranjando os plátanos em ritmo de música retrô, no charmoso e cultural bairro de Malasaña, o atelier das artistas plásticas Curra Rueda, Alejandra Domic e Almudena Casas rende um brinde pela inauguração no dia 11 de outubro do projeto Percepiciones Temporales, na prestigiada galeria Altamira, em Gijón na Espanha.

A exposição em arte visual é a ligação do trabalho destas três artistas, cuja estética e até mesmo conceitos e técnicas materiais são de naturezas bem distintas.

Nesta criação de que parte de uma expressão individual relacionando-se de forma conjunta, estas artistas conseguem mostrar a diversidade de acontecimentos e de indivíduos que coexistem em um espaço, cujo ponto de união se encontra na origem, no imediato e no eterno e, portanto, na evolução humana.

 

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A Alejandra Domic com seus fios, ninhos, costuras e tecidos, nos revela um mundo de formas com materiais orgânicos que nos falam da origem, de onde tudo parte. É a vida, a primeira substância, a partir de onde tudo começa a ser construído, de uma forma etérea, sutil, porém não por isso menos poderosa. Em sua obra tudo está conectado, começando pequeno e vai tomando corpo, crescendo, ampliando-se. Uma maneira de poder crescer e se desenvolver através de uma estética de fios, telas e entretelas, como na vida humana.

Almudena Casas expõe o aqui e o agora, o presente, o imediato congelado em imagem. Um incisivo necessário, um zoom introspectivo, para mostrar o que realmente importa, se afastando de tudo o que é superficial e por tempo indeterminado. Observar é o meio escolhido para se concentrar no sensorial humano, como desenvolvimento emocional de cada indivíduo. Nos desenhos da artista, o comportamento inconseqüente  do indivíduo na rua, na sua atitude aparentemente anônima, no meio da multidão, e ao mesmo tempo um descobrimento da essência de comportamentos de si mesmo.

E por fim, Curra Rueda se centra na parte da vida do ser humano que não se vê, porem está aí presente. Com seus desenhos a artista pretende mostrar a vida do espírito, da alma, tão deixada de lado na atualidade. Seu objetivo é faze-la visível, colocando-a em primeiro plano, para conseguir assim a transcendência, a dimensão e o sentido para onde iremos.

Sobre Marcelo Mendonça 14 Artigos
Artista visual, pós-graduado em Design e direção de arte em Salvador e Madrid.Desenha capas de discos, curte o mundo vintage, materializa músicas em seus desenhos e é um ativista da arte. Hoje residente e integrante do cenário artístico madrilenho, porém um baiano da gema, molhado de dendê dos pés a cabeça.
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