Nunca fui uma grande fã dos tons terrosos usados no dia a dia. Eu não sei perfeitamente o que acontece, mas não é em tudo e em todos que essa cor fica bacana. Ela não costuma fazer um contraste legal com os tons de pele; dá uma aparência suja e velha à roupa; abate e empalidece o rosto da pessoa, derruba morenas e loiras… é quase uma missão impossível, para não se dizer completamente impossível, esse meio tom favorecer alguém.
Como se não pudesse piorar mais, a cor de casca de aipim, os cáquis, os beges, a cor de batata saída da terra e todos os seus sinônimos são mortais em momentos de festa. Eu, realmente, não consigo gostar. Por já ser difícil de se usar no dia-a dia e também por ser uma cor totalmente esportiva, não sou capaz de imaginar esse tom formando um belo casal com uma roupa de festa.
Só ontem fui reparar uma coincidência fashion que aconteceu em pleno VMA 2015 (eu sei, eu sei… aconteceu há algumas semanas, mas mesmo assim não podia deixar passar em branco). Kim Kardashian, a irmã, Kylie Jenner, e o marido, Kanye West, escolheram a mesma cor para ir à premiação e, posso dizer que, erraram feio. Deem uma espiada nos cliques abaixo e vejam se concordam comigo:
No dia a dia, esses tons podem dar super certo em lãs e veludos ou na composição do meu amado tweed. Em bermudas, calças e qualquer peça que fique longe do rosto também podem ficar legais. Se formos pensar no tempo bem sucedido da brand americana Banana Republic e as suas linhas cáquis, a marca fez um grande sucesso (e fortuna!) com elas. Uma boa maquiagem ou os acessórios certos podem ser os responsáveis por minimizar a questão do rosto apagado causado pelo tom terroso. Tudo tem haver também com o tom e o sub tom da pele e da nuance do marrom. É necessário que haja bom senso, adequação, uma boa análise de vários fatores para que o conjunto da obra converse bem nas várias possibilidades, além de saber transformar o difícil em bonito. Afinal, o meu gosto pessoal não deve ser e nem é uma regra.