Gloria Pires em festival de cinema gay em Madrid

Foto: Divulgação

O filme Reaching For The Moon – chamado de Flores Raras no Brasil, é um dos filmes de maior produção e mais esperados no 19º Festival Internacional de Cine Lésbico Gai Y Transexual de Madrid que começou no fim de outubro e segue até o dia 13 de novembro nas melhores salas de arte na capital espanhola. Com direção do veterano Bruno Barreto e tendo como protagonistas, as atrizes Glória Pires e a norte-americana Miranda Otto, a película retrata o amor entre duas mulheres nas décadas de 1950 e 1960 no romântico cenário do Rio de Janeiro. A homossexualidade, contudo, não vira o tema central da história em nenhum momento. É um filme sobre amor e arte, simplesmente, sem que a questão da orientação sexual vire o protagonista. Em um momento delicado em que o Brasil luta contra a homofobia, o filme está sendo estreado na Espanha no aclamado festival espanhol que passa em Madrid, LesGaiCineMad.

Foto: Cartaz do filme/Reprodução
Foto: Cartaz do filme/Reprodução

As protagonistas são a escritora norte-americana Elizabeth Bishop (vivida por Miranda Otto, da trilogia O senhor do anéis) e a arquiteta brasileira Lota de Macedo (interpretada pela musa global Glória Pires). Nele, Bruno Barreto (Dona Flor, Bossa Nova, O que é isso companheiro?), presta uma homenagem à obra dessas duas artistas e à arte modernista brasileira (pintura, escultura, móveis, moda, arquitetura), assim como à paisagem natural do Rio de Janeiro e uma trilha sonora de fazer espanhol suspirar.

 

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“Acho que o filme é um advogado não da causa, mas do bom senso, do respeito à natureza humana”, afirmou Gloria Pires, em entrevista ao iG, na época do lançamento do filme no Brasil. “‘Flores Raras mostra de forma simples, até prosaica, a vida de duas pessoas do mesmo sexo que se amam. Não tem nenhum escândalo, nada fantasioso, nenhuma loucura. É uma vida normal, comum, com altos e baixos como a de qualquer um”, explica.

 

 

Sobre Marcelo Mendonça 14 Artigos
Artista visual, pós-graduado em Design e direção de arte em Salvador e Madrid.Desenha capas de discos, curte o mundo vintage, materializa músicas em seus desenhos e é um ativista da arte. Hoje residente e integrante do cenário artístico madrilenho, porém um baiano da gema, molhado de dendê dos pés a cabeça.
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