Kall Medrado poderia ser mais uma cantora baiana de axé music como tantas outras boas cantoras que temos na cidade. No entanto, as referências musicais vindas dos seus pais, fizeram com que ela fosse além. Desde muito nova, quando Kall ainda era Cláudia Emanuela Medrado dos Santos, nem sonhava em ser cantora, os pais sempre colocavam para ouvir muita musica e tudo o que ela fazia era muito musical, desde a hora que acordava até a hora de dormir, na hora de comer, tudo tinha uma musiquinha. “Aos 10 anos de idade quando eu vi o filme O Guarda Costas e ouvi a Whitney Houston cantando I will Always love you, que eu fiquei encantada e nunca mais parei de ouvir black music e tentava imitar as cantoras como Aretha Franklin, Etta James, fora todas as cantoras de black music que estavam sendo lançadas na época”, diz a loura que encantou o Brasil ao interpretar a emocionante canção You Make Me Feel Like- A Natural Woman, imortalizada na vaz de Aretha, a na sua participação no reality musical The Voice.
O jurado Carlinhos Brown não precisou ouvir mais do que dez segundos para saber que alí, às suas costas, havia um estrela. Os outos três, que também viraram a cadeira para Kall, esperam um pouco mais para ouvir sua voz rasgante e potente. Kall, que leva no registro de nascimento Cláudia Emanuela Medrado dos Santos, adotou o nome artístico Kall Medrado. Hoje Kall fica dividida entre as cidades de Salvador e São Paulo, onde mantém residência, mas em meio a correria dos últimos fatos , reservou um tempinho para um papo esperto com o site uranrodrigues.com. Confira a entrevista:
SiteUR: Qual sua formação?
Kall: Artes Cênicas e Administração.
SiteUR: O que te motiva a cantar?
Kall: O AR, é só respirar que sai uma nota, não fui eu que escolhi a música, foi a música que me escolheu.
Maior inspiração?
Kall: Minha mãe, porque ela nunca desiste e sempre faz tudo acontecer, de forma integra, decente e correta.
O The Voice já tem sido um grande divisor de águas em sua vida profissional e pessoal também. O que já percebe de diferente?
Kall: Tudo, o carinho das pessoas comigo, o reconhecimento nas ruas, o assédio, a mídia sempre querida e presente, a globo me colocou em evidencia e eu estou fazendo o possível para não decepcionar as pessoas e me preparando cada vez mais, para o que eu sei que Deus está preparando para mim.
Entrar para o time de Claudia Leitte foi pura estratégia. Como pretende aproveitar toda a estrutura que existe por traz da produção do reality, com Torcuarto Mariano e a própria visibilidade que o programa tem te dado?
Kall: Entrar para o time de Claudinha foi sim uma estratégia mediante a tudo que ela representa e a tudo e todos que a cercam. Como já falei em algumas entrevistas a Claudinha é uma artista que me encanta, por ser uma profissional dedicada, cuidadosa, por toda sua pesquisa de referencias de palco que são basicamente as minhas (Artistas da Black Music norte americana), pela pessoa que ela é, humilde, atenciosa, querida, e por toda equipe que a acompanha dentro do The Voice Brasil, como você já disse Torcuarto Mariano que é uma grande referencia de musico, produtor e diretor musicaldo Brasil. Pra mim foi muito fácil escolher Claudia Leitte por esses motivos, que transparecem.
E fazer live music na Bahia? E em São Paulo, onde vive atualmente? São mentalidades e gostos musicais bem discrepantes.
Kall: A música eletrônica é a nova World Music. Eu, como apreciadora da musica eletrônica e amante da black music, ao lado de meu parceiro DJ Lucca Buzanelli, resolvi fazer a junção do útil com o agradável. E porque não montar um show com uma coisa que eu gosto de frequentar e uma que gosto de cantar? Graças a Deus deu certo, nossa estreia foi em um grande festival internacional, já temos uma agenda fechada a partir de novembro e a Bahia vem aceitando muito bem a cena eletrônica e as nossas apresentações. E em São Paula não precisa nem falar, é um dos berços da música eletrônica no país.
Como foi sua passagem pelo Axé Music?
Kall: É bom esclarecer que quando assinei o contrato com a banda, a informação é que se tratava de uma banda eletrônica e não axé. Com isso, não significa que não gosto de axé, mas esse não é o meu estilo. Adoro todo tipo de música, mas axé não é minha vertente, meu estilo é outro. Imagine um cantor de opera cantando pagode? E um cantor de pagode cantando repente? E um repentista cantando rock? É mais ou menos isso, nenhum estilo musical é melhor do que outro e a verdade do artista tem que sempre prevalecer!
O que fará para vencer a competição TVB?
Kall: Estou me preparando para a competição, fazendo aula de canto, cuidando da parte fisiológica, do meu instrumento de trabalho com minha fono Valéria Leal e minha Otorrino Thaisa Aguiar, do corpo e da mente, e cercada de pessoas que acreditam no meu trabalho e me ajudam a cada dia meus amigos e minha família.
Rapidinhas
Salvador: Lar
Medo: Desistir
Sonho: Estou vivendo
Signo: Capricórnio
Cor: Vermelho
Idolo: Romilza Medrado minha mãe
Cantor: Justin Timberlake
Cantora: Aretha Franklin
Música predileta: Alicia Keys – If I Ain’t Got You
Prato: Comida Típica Baiana
Bebida: Vinho
Estilo: Próprio
Moda/Estilo qual a diferença: Moda é ditado por época, histórias vivencias políticas tudo acerca de situações momentâneas e tudo que é momentâneo, sempre muda. Estilo é algo que jamais pode ser modificado, você pode ate estar dentro da moda, mas sempre imprimindo sua identidade.
Livro da alma: Uma das minhas formações é em Artes Cênicas, então adoro livros de dramaturgia, impossível escolher um livro só.
Livro da cabeceira: Evangelho
Frase: You make me feel
Animal: Cachorro