“Um Dia É da Vida, O Outro da Morte” é um curta-metragem de baixo orçamento dirigido pelo jovem cineasta Calebe Lopes, utilizando a Universidade Federal da Bahia – UFBA como principal cenário de uma história cheia de mistérios, tendo o ator baiano Elcian Gabriel como protagonista.
O curta, será a única película baiana exibida dentro da programação do Festival de Cannes na França, nos dias 22 e 29 de maio na categoria Short Film Corner, sendo visto pelos mais importantes produtores e diretores da industria cinematográfica do mundo.
A trama se desenrola quando dentro da universidade é encontrado um cadáver, levantando os motivos e causa do assassinato. Quem conseguiu sair da faculdade antes da policia chegar, se livrou. Quem não teve a sorte, é obrigado a ficar preso dentro da mesma, enquanto as investigações são feitas.
André(Luan Gusmão) quer reatar seu romance com Júlia(Maria Kamilly), que precisa contar um segredo ao mesmo, enquanto Milton(Klaus Hastenreiter) está enfrentando seu luto e Matheus(Elcian Gabriel) quer inaugurar sua câmera e fazer um filme dentro da faculdade. “Um Dia É da Vida, O Outro da Morte” é um curta-metragem sobre a frieza de uma geração, sobre a banalização da única certeza que se tem na vida: a morte.
“Conseguimos nosso objetivo. “Um Dia É da Vida, O Outro da Morte” nunca teve a pretensão de ser um filme perfeito, exemplar ou de fácil aceitação. Mas queríamos um filme diferente. Em todo o momento, desde a pré-produção, reuniões e gravação, conversávamos sobre a necessidade de um filme que se mostrasse diferente diante do panorama contemporâneo do cinema brasileiro. Queríamos ter um sopro de novidade diante dos recentes curtas e longas produzidos na safra nacional. E cremos que conseguimos isso” comentou ao SiteUR, o diretor Calebe Lopes.
“Disfarçados de uma trama de mistério, horror e humor negro, está uma trama sobre essa banalização da morte, da tragédia. Um comentário sobre uma geração vazia, imprevisível, que em tempos de Facebook e Whatsapp, prefere registrar e compartilhar ao invés de refletir ” completou Lopes.
“Para mim está sendo muito importante essa ida do filme para o Festival de Cinema de Cannes, eu apesar ser novo com 25 anos, já tenho um engajamento no cinema por ter Iniciado cedo na arte com apenas 14 anos. Tô muito feliz de verdade por tudo que tem acontecido comigo profissionalmente e essa ida do filme para Cannes é só a certeza de que devo continuar na luta e buscando o protagonista do artista negro na cena do audiovisual e na arte como todo, passei por vários lugares mas ainda sinto na pele a invisibilidade do ator negro na cena, então poder ser visto na França no festival de cinema mais famoso do mundo pra mim é uma grande Vitória” contou Elcian que já protagonizou várias obras no audiovisual como Capitães da Areia, filme de Cecília Amado, Destino Salvador série para o canal fechado HBO, A Música da Minha Vida, uma série para TV Brasil e o filme Neandertais do diretor Marcus Curvelo. No Teatro passou pela Sitorne, Bando de Teatro Olodum, CRIA e atuou no Espetáculo Mar Morto de George Vladimir e na Paixão de Cristo do diretor Paulo Dourado.