Estreia em Salvador a remontagem do espetáculo Barrela, uma obra de Plínio Marcos, dirigida Por Nathan Marreiro, da Cia de Teatro Gente. O Teatro Vila Velha foi o palco escolhido para a comemoração dos 10 anos de estreia desta montagem tão celebrada pelo público e pela crítica. A peça entra em cartaz de 11 a 21 de maio, de quinta-feira a domingo, 20h e 19h no domingo. O valor antecipado é de R$30 e R$ 15 até dia 10 de maio e R$ 40 e R$ 20 após a estreia.
A trama se passa dentro de uma cela, onde os presos Portuga (Ismael Marques), Bahia (Amós Heber), Tirica (Everton Machado), Fumaça (Jhoilson Oliveira), Louco (André Nunes), Bereco (Victor Kizza) e o recém-chegado Garoto (Felipe Velozo) dividem seus dias, suas histórias, seus problemas, suas frustrações, o melhor e o pior de cada um. A tensão entre os companheiros de cela se intensifica depois da chegada do burguês apelidado de Garoto, que seguindo uma prática para alguns tipos dentro da detenção, é estuprado pelos presos. A trama conta ainda com a participação de dois carcereiros interpretados pelos atores Ailson Leite e Daniel Calibam.
Segundo o diretor Natham Marreiro, mais que nunca, Barrela chega com um grande ímpeto de interação com o público, uma vez que a disposição do cenário muda radicalmente, deixando características originais para trás, como intervenções de multimídia e aposta mais no ator versos o público. Na mais pura essência do fazer teatral. “Deixamos um pouco de lado os acessórios de cenários e vamos trabalhar apenas com marcações e luz”, completa do diretor.
Para Marreiro, a escolha do Teatro Vila Velha foi crucial para o brinde de 10 anos por se encaixar perfeitamente na ideia desta remontagem. “Público cercando a caixa cênica, atuando como voyeurs de um ringue que é a cela de uma penitenciária. Tudo isso, dessa vez encenado num espaço vazio, dividido pelos atores, público e a memória do mestre Plínio Marcos”.
O argumento para este roteiro continua verossímil a situação atual da população carcerária do Brasil. Os presos do final dos anos 50, quando o texto foi escrito, comparados com os presidiários dos anos 2007, quando foi encenado pela primeira vez na Bahia e os de 2017, quando a peça ganha uma nova roupagem, continuam sendo os lobos uns dos outros, e continuam sendo engolidos pelo Estado cada vez mais incapaz.
No ano da estreia, Barrela foi indicado ao Prêmio Braskem e concorreu no Festival Ipitanga de Teatro – FIT 2006 na categoria Ator Coadjuvante, com Everton Machado (Gabriela, Compadre de Ogum) e também na categoria de Melhor Espetáculo, levando o de Ator Coadjuvante em ambos os prêmios. Além de Salvador, Barrela causou alvoroço e foi muito bem recebido no Festival de Teatro de Curitiba de 2009, tendo repercussão em toda imprensa baiana e principais veículos nacionais.
Nas experimentações cênicas a Cia produziu os espetáculos BARRELA, Uma Mulher Vestida de Sol, AMÊSA, No Outro Lado do
SERVIÇO:
O QUE: Espetáculo BARRELA.
ONDE: Teatro Vila Velha, Salvador, Bahia
QUANDO: De 11 a 21 de maio, de quinta-feira a domingo, 20h e 19h no domingo.
QUANTO: R$30 e R$ 15 até dia 10/05 e R$ 40 e R$ 20 após a estreia.
FICHA TÉCNICA
Direção – Nathan Marreiro
Autor – Plínio Marcos
Elenco – André Nunes, Jhoilson Oliveira, Victor Kizza, Amós Heber,Ismael Marques, Everton Machado, Felipe Velozo, Daniel Calibam. Aílson Leite Ricardo Gonzaga e Franclin Rocha.
Programação Visual- Ricardo Barreto
Fotografia – Gether Ferreira
Cenário – Nathan Marreiro
Cenotécnico – Levi Sans
Iluminação – Fernanda Paquelet
Sonoplastia – Paulo Fernandes
Figurino e adereço – Direção e Elenco
Estudo de Partituras Dramáticas – Gideon Rosa
Tec.de Luz – Davi Maia
Operação de Som – Davi Mais
Assessoria de Imprensa – Leonardo Parente
Mídias Sociais – Ricardo Barreto
Assistente de Produção – EAG – Escola de Arte Gente
Produção Executiva – EAG – Escola de Arte Gente Coordenação de Produção – Everton Machado
Realização – EAG/Cia. de Teatro Gente