O leite materno é o primeiro alimento que consumimos quando chegamos ao mundo, é indispensável para a manutenção da saúde, para a prevenção de doenças e para estreitar a relação entre a mãe e o bebê. E para incentivar e estimular a amamentação, nasceu, em 2017, o Agosto Dourado – campanha criada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Para as ginecologistas e sócias da clínica EMEG, Ana Cristina Batalha, Cristina Sá e Ticiana Cabral, o leite materno é o único alimento que contém todas as proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e água que uma criança precisa para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem as infecções e doenças, sendo fundamental para reduzir o índice de mortalidade infantil.
As médicas sugerem que esse deve ser o único alimento do bebê até o seis meses de idade.
A amamentação também cresce o vínculo afetivo entre mãe e filho, colaborando para que a criança se relacione melhor com outras pessoas no futuro. Segundo elas, é o momento em que a mãe entra em completa sintonia com o bebê, que precisa de tranquilidade e calma para se alimentar. Isso desperta sensações de bem-estar e realização, faz com que a mãe controle a ansiedade, se acalme e desfrute a maternidade e ainda ajuda a emagrecer, pois consome até 800 calorias por dia.
As médicas explicam ainda que o ato de amamentar ajuda na recuperação pós-parto, protege a mãe contra doenças cardiovasculares, contra o câncer de mama e de ovário e previne a anemia.
A partir dos seis meses, já é recomendável introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, como frutas e verduras, já que as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas apenas com o leite materno.