Que uma alimentação balanceada faz bem à saúde não é nenhuma novidade, mas que a ingestão de alimentos nutritivos e de forma adequada interfere diretamente na saúde dos olhos ainda surpreende muitas pessoas.
“Os nutrientes são imprescindíveis também para os nossos olhos, pois fornecem energia e viabilizam o metabolismo, essenciais para a visão adequada”, esclarece o oftalmologista Marcelo Maia.
A dieta equilibrada é de suma importância, mas, dentre os nutrientes que devemos consumir em prol da nossa saúde ocular estão as vitaminas A, C, E, luteína, zeaxantina, zinco e ácidos graxos ômega-3. Onde encontrá-los? Carnes, peixes de água fria, ovos, leite, frutas cítricas, óleos vegetais, castanhas, grãos integrais e verduras com folhas verdes escuras.
“Geralmente é dito que a cenoura é benéfica para os olhos por conta do betacaroteno, um pigmento natural que existe também na couve, espinafre, abóbora e batata-doce”, salienta o oftalmologista.
“Quando ingerido, o betacaroteno transforma-se em vitamina A, que é útil para a retina captar a luz e gerar o estímulo visual”, exemplifica Dr.Marcelo Maia.
A catarata e a degeneração macular relacionada à idade são as principais doenças que podem ser retardadas pela nutrição balanceada. “Na maioria dos casos, essas doenças ocorrem em pessoas de faixa etária mais avançada e causam diminuição gradual da visão”, frisa o profissional. Porém, é fundamental a realização de um exame oftalmológico completo para determinar a presença de doenças.
Má dieta alimentar pode causar baixa da visão ou cegueira?
Problemas de visão por conta de uma alimentação inadequada costumam acontecer nos países em desenvolvimento, onde parte da população sofre de deficiência nutricional. O cenário também se repete em países desenvolvidos, onde ocorre em indivíduos mal nutridos, vegetarianos, pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica ou com anorexia nervosa, por exemplo.
No Brasil, o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (Portaria 729 /13 de maio de 2005) tem o objetivo de reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 meses a 5 anos de idade e em mulheres que tiveram filhos recentemente (no pós-parto imediato).