Serviço
O quê: Medeia em Carne Viva – solo com Mariana Freire e Direção de Juliana Roiz.
Quando:12 de dezembro, às 19h, e 13 de dezembro, às 17h.
Onde: Ao vivo no site
Ingresso: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia)
Maiores informações: instagram.com/medeiaemcarneviva facebook.com/MedeiaEmCarneViva
O espetáculo “Medeia em Carne Viva”, que aborda questões relativas às opressões do feminino, estreia ao vivo e on-line com apenas duas apresentações nos próximos dias 12 e 13 de dezembro, às 19h e 17h – respectivamente, na plataforma virtual do Teatro Gamboa Nova.
Dirigida e escrita por Juliana Roiz (sob orientação de João Sanches), a montagem marca sua formatura em direção teatral pela Escola de Teatro da UFBA e conta com Mariana Freire no elenco, atriz que comemora 25 anos de carreira.
O monólogo intercala a dramatização de fragmentos retirado do texto “Medéia” – clássico de Eurípedes, cujas encenações retratam tradicionalmente Medeia como uma mulher vingativa – com falas sobre os desafios universais enfrentados pelas mulheres ao longo do tempo. Em “Medeia Em Carne Viva”, Mariana Freire ora conversa diretamente com o público, ora performa a própria Medeia, trazendo novos olhares para essa personagem já tão conhecida.
Enquanto cozinha, a atriz convoca a reflexão sobre temas como os direitos das mulheres, a violência de gênero, misoginia, racismo e feminicídio. Cozinha esta pré-concebida como lugar feminino, onde os homens não adentram, um lugar de refúgio e cárcere.
“Medéia é um exemplo emblemático de silenciamento e apagamento histórico de figuras femininas pelo patriarcado. Hoje, ao lermos esta obra, percebermos que a situação desta personagem é similar a de muitas mulheres que sofrem violências sociais estruturantes, principalmente, mulheres negras”, diz a diretora e dramaturga Juliana Roiz, que tem uma pesquisa voltada à violência de gênero e tem no currículo obras como “Leoa na Baia” (2019), “A Reza” (2019), e “Feminicídio: do Luto à Luta” (2018), que compõem o repertório da “Cia Filhas de Lilith” – coletivo fundado por ela em 2015, dedicado a levar pautas feministas para a cena teatral.
Completando 25 anos de carreira, Freire diz se sentir honrada e desafiada ao interpretar Medéia, “raramente vista no corpo de uma atriz negra”. “Reconheço muito de Medeia em mim e vice-versa e acredito que essa história nos impulsiona a continuar repensando os papéis que foram impostos às mulheres ao longo da história, especialmente às mulheres pretas”, realça Freire, que traz em sua bagagem espetáculos como Auto-retrato aos 40 (2004), Ó Paí, Ó (2001), Casa Número Nada (2007 a 2013), Tabatabá (2009-2010), Os Demônios (2019) e Canto Seco (2015), pelo qual recebeu indicação do Prêmio Braskem de melhor atriz.
Convidando os espectadores à reflexão, a diretora do espetáculo conclui afirmando que seu objetivo com a montagem de “Medeia em Carne Viva” é “estimular o público a rever conceitos e desfazer preconceitos, para que dessa forma a sociedade evolua, se tornando mais inclusiva, segura, e digna para todas, todes e todos viverem”.
*Ficha Técnica*
Juliana Roiz – Direção e dramaturgia
Mariana Freire – Atriz
João Sanches – Orientação
Walerie Gondim – Assistência de direção
Luciano Bahia – Direção musical e trilha sonora
Clara Matos – Cenografia
Malaika K.B. – Direção audiovisual
Ana Brandão – Iluminação
Karina Allatta – Figurino
Lailane Dorea – Maquiagem
Ananda Andrade – Preparação vocal
Tutto Gomes – Preparação corporal
Rafael Brito – Assessoria de imprensa e consultor de comunicação
Ingrid Lago – Fotografia
Jéssica Menezes e Sara Lima – Design Gráfico
Tárcio Pinheiro – Cenotecnia