Aline Barr é uma cantora e instrumentista soteropolitana que se apaixonou pela música aos cinco anos de idade quando ganhou o seu primeiro instrumento e começou sua carreira profissional com quinze anos, conhecendo grandes nomes do meio musical e chegando a trabalhar e ter composições gravadas por artistas como Carlinhos Brown, Sergio Mendes, Timbalada e Margareth Menezes.
Em sua trajetória musical, Aline já dividiu o palco com Nando Reis, Ana Carolina, Vanessa da Mata, Tiago Iorc e muitos outros.
Em 2020, durante as lives criadas pelo DJ Zé Pedro em busca de novos talentos, Aline Barr apresentou uma versão inesperada da canção de Gil, “Indigo Blue”. Junto a isso, aconteceu a morte inesperada de Moraes Moreira. Sinais para que Zé Pedro reunisse esses assuntos misturados a afinidades musicais e propusesse o álbum “Gil Moreira”, lançado pelo selo Joia Moderna.
“Não sei se me explico bem, mas o que me chamou atenção no registro vocal de Aline Barr, foi o ar que ela emite entre as palavras, o canto sussurrado e essencial que vem de João Gilberto e se torna feminino”, descreve o DJ Zé Pedro.
Com um repertório de canções pouco conhecidas dentro de uma seara de inúmeros sucessos lançados por Gilberto Gil e Moraes Moreira ao longo de suas trajetórias, Aline entoa belas canções como “Minha Pérola” de 2003 e “Quatro Coisas” de 2009, uma relativa nova safra desses dois compositores.
“Bateu no Paladar” e “De Noite e de Dia” são duas canções festivas de Moraes do período em que ele era campeão de execução nas rádios e com grande apreciação do público. Aline, longe da euforia rítmica dos registros originais, realça o poder das palavras e acentua a beleza melódica.
“Prece” e “Indigo Blue” são duas vertentes musicais opostas que confirmam a diversidade de temas e ritmos na obra de Gilberto Gil. A primeira, composta em homenagem à sua companheira Flora Gil, trata do fervor religioso e da paixão. A segunda reaparece na voz de Aline num arranjo feito com o estalar de dedos, palmas e batidas no peito. O corpo como instrumento percussivo.
“Decote Pronunciado” tem letra de Paulo Leminski e sugerem uma intérprete feminina. No entanto, a canção que tem também como parceiro Pepeu Gomes, só tinha sido registrada na voz de Moraes Moreira, em 1982. Agora, no registro íntimo e malicioso de Aline Barr, os versos encontram um novo sentido, talvez o mais acertado.
“Cantar e tocar Seu Gilberto e Moraes é desafiador e delicioso ao mesmo tempo. Também é me sentir em casa, pois carrego uma parte deles comigo. Ituaçu, Brumado, infância, amor e música” contou Aline.
”Durante o caminho entre a escuta de cada obra e gravação do álbum descobri as infinitas possibilidades artísticas que há aqui em mim e que nem sequer tinha considerado existir” concluiu a artista.
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Fotos Dann Nery