O Festival Mulheres na Travessa – Travessia 2021, realizado até o 30 de abril, traz uma extensa programação online. Pensado com o objetivo de expandir espaços de encontro, o evento conecta curadoras de regiões diversas do país: Pernambuco, Manaus, Porto Velho, Poá e São Paulo. São elas, Ana Musidora – Ciclo de Performances, Anna Andrade – Mostra de Curtas-Metragens, Jhenny Santine – Curadoria da Festa Online, Jô Freitas – Sarau ‘Nos Queremos Vivas’, Keila Serruya Sankofa – Mostra de VideoArte, Luiza Romão – Banca de Publicações, Marcela Bonfim – Mostra de Artes Visuais, Maria Giulia Pinheiro – Roda (REDE) de Conversa e Pimentel – Curadoria de Shows. https://www.mulheresnatravessa.com/
Pela primeira vez com edição totalmente online, o Mulheres na Travessa traz uma extensa programação que reúne diversos nomes entre mulheres cis e trans, pessoas não-binárias e homens trans, como: Grace Passô, Manauara Clandestina, Aline Alves, Selma Barreto, Terra Queiroz, Lia Letícia, Maria Macedo, Kimani, Luz Bárbara, Kay Sara, Dandara Kuntê, DJ Miria Alves, Mana Bella, entre tantas outras.
O festival, que nasceu na Travessa Roque Adóglio, na Vila Anglo, Zona Oeste da Cidade de São Paulo, desde o início, teve como objetivo unir os diversos. O princípio e potência do Mulheres na Travessa – Travessia sempre foi reunir mulheres diversas entre si, mulheres artistas de múltiplas áreas, pesquisadoras, moradoras do bairro, mães, mulheres privadas de liberdade (ex-encarceradas), mulheres com deficiência, mulheres trans e homens também bastante diversos.
Diante dos desafios impostos pelo patriarcado e agravados pela COVID-19, que evidenciam ainda mais as desigualdades sociais, o festival sentiu necessidade de construir ainda mais partilhas entre vozes de luta e de cuidado. No caso do Mulheres na Travessa, significou encontrar partilhas entre mulheres diversas cuja experiência de vida seja de atravessamento, na busca de respostas e nas construções coletivas na diversidade. É essa a perspectiva do Festival Mulheres na Travessa, anualmente realizado e protagonizado por mulheres cis e trans: a expansão de territórios de encontro, de trocas, de aprofundamentos nas lutas partilhadas, dos discursos de vida mediados pela arte e por saberes diversos. Deste modo, com o mote central Arte, Vida, e Território em Tempos de Pandemia, o Mulheres na Travessa se transforma em Mulheres na Travessa – Travessia em sua quarta edição.
Neste ano de 2021, o desejo da coordenação geral composta por Fabia Karklin, Fabiana de Andrade, Silmara Alves e da curadora geral Cristina Fernandes foi de expandir fronteiras e sair do bairro da Vila Anglo, transformando nossos corpos em dispositivos de travessia e espaços de potencializadores de laços com mulheres de outros territórios. Por isso, foi decidido realizar o Festival no território online, respeitando a principal perspectiva em mente: fazer redes como forma de luta e enfrentamento.
O TERRITÓRIO para o festival é entendido como espaço de disputas de sentidos e espaço de resistências. Das terras dos povos originários aos quilombos e periferias, apresenta-se como lugar de potência onde afirmamos nossa existência. Nosso desejo nesse movimento de ocupação é produzir respiros de existência e perspectivas de resistência. Após um complexo 2020 que se acirra em 2021, o festival se depara com questionamentos incontornáveis: qual é o nosso lugar de disputas de sentidos e de resistências? Qual é o seu lugar de potência no qual você afirma sua existência? Como as cicatrizes de nossas travessias nos movimentam? Como seguir em frente e construir outras formas de habitar possíveis? Este é o mote principal da programação do IV Mulheres na Travessa, que encabeça reflexões e nos permite conversar e evoluir em nossas próprias travessias.
O IV Mulheres na Travessa – Travessia acontece com Mostras no site do Mulheres na Travessa, transmissões ao vivo no canal do Mulheres na Travessa (Youtube) e retransmissões no Instagram (@mulheresnatravessa) Para confirmar a programação e se inscrever nas transmissões ao vivo, acesse o LINK.