Home Moda Made in Bahia Africalion completa 2 anos celebrando a ancestralidade africana na moda brasileira

Africalion completa 2 anos celebrando a ancestralidade africana na moda brasileira

set 3, 2024

Criada pelo empresário soteropolitano Leandro Santos, marca traz acessórios que conectam Salvador ao continente africano

Criada há dois anos, a marca soteropolitana AfricaLion chamou a atenção durante a última edição do Festival Feira Preta em São Paulo levando toda sua identidade às passarelas e com stand do evento.

Os acessórios de couro e búzios confeccionados exclusivamente para o Festival compuseram o desfile da marca Issac Silva. A própria estilista Isa Silva faz parte da lista de personalidades que vestem a marca ao lado de nomes como Ernesto Xavier, Thalma de Freitas, Uran Rodrigues, Xan Ravelli, Roger Cipó entre outros.

Roger Cipó e Leandro

Embora recente, a AfricaLion colhe frutos dos conhecimentos acumulados desde 2016, quando o idealizador da marca, Leandro Santos, iniciou seu trabalho no ramo da moda.

“Tudo começa com um insight enquanto me exercitava na praia em Salvador. Observei que as pessoas usavam poucas cores, aí veio a ideia de trabalhar com viseiras e carteiras em tecido africano para colorir a orla”, conta Leandro.

Hoje a AfricaLion possui uma cartela de 13 produtos exclusivos, entre eles: bolsas, mochilas, carteiras e viseiras em couro legítimo customizadas com materiais que trazem referências étnicas, tais como tecidos vindos de Gana e Senegal e búzios. O diferencial? A exclusividade e elegância presente em acessórios que ressaltam a ancestralidade negra.

“As peças são exclusivas porque temos uma produção artesanal que fomenta a economia local por meio do fortalecimento de costureiras e artesãos da comunidade”, explica Leandro nascido e criado no bairro chamado Boca do Rio na periferia de Salvador.

A modelo Diana Pérola usando AfricaLion

Além de gerenciar toda a cadeia de produção e venda, Santos ainda cria o design das peças. E, recentemente, começou a desenhar peça de vestuário. “Enquanto um homem negro e periférico que começa a acessar o mundo da moda, comecei a sentir a necessidade de fazer meus próprios looks para que me sentir empoderado, pois não me via representado nas roupas que encontrava por aí”, comenta.