Grupos de trabalho já estão em ação desde o último sábado, 2 de abril, para fomento de Negócios de Impacto Socioambiental (NIS) na comunidade do Nordeste de Amaralina. Sob mediação dos professores professores Luiza Teixeira e Rodrigo Müller, da disciplina “Apoio e Fomento ao Ecossistema de Negócios de Impacto Socioambiental em Salvador” (ACCS), da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), alunos instituição e membros da comunidade agora irão desenvolver ferramentas de gestão a serem entregues no próximo encontro agendado para o dia 30 de abril, a ser realizado na modalidade remota.
De acordo com a professora Luiza Teixeira, outros dois momentos estão previstos: uma reunião remota no dia 28 de maio e um encontro presencial em julho, na escola de Administração da UFBA, para apresentação dos resultados dos projetos. Segundo ela, a ideia é que neste semestre os projetos sejam desenvolvidos e ações sejam implementadas na comunidade.
O professor Rodrigo Müller afirmou que saiu da aula inaugural do último sábado cheio de confiança e de expectativa, por ver a integração das pessoas, a participação e aceitação deles quanto à proposta da disciplina, que vai oportunizar estruturar as ideias de negócios que eles têm. “Como a gente conseguiu definir etapas para o trabalho, se torna mais fácil para os grupos e para os estudantes construírem esse processo, porque, de fato, é uma jornada, é um construir, de sair de uma ideia abstrata até chegar a um objeto concreto, seja um produto, serviço ou outra atividade”, explica.
Para Mirela Santos, estudante de fisioterapia, que faz parte da Revivar (que busca desenvolver e valorizar iniciativas ambientais), comunicar, promover educação e arte é uma missão e ela aposta em parcerias. Sergio Rios, responsável pela ação Criar Arte (que tem o intuito de reciclar e tirar do meio ambiente o que seria lixo e transformar em arte), acredita que o projeto renderá bons frutos.
Josenildo dos Santos, representante do projeto Levante Nordeste (que tem o propósito de promover novas possibilidades para mulheres em situação de vulnerabilidade social na comunidade), explica parcerias como essa, como a da UFBA, e a participação da comunidade e de profissionais sociólogo, biólogo, arquiteto, é um fator que dará celeridade e materializará esse sonho, de dar essa resposta à sociedade de que é possível transformar a partir do coletivo e tirar do papel, transformando tantos projetos em realidade.
Segundo Luciana Pimentel, líder do Amaralimpa (que visa contribuir com a diminuição dos resíduos da praia de Amaralina), o próximo passo, será a busca por investidores. “Essa é uma comunidade muito rica, que tem muito potencial, mas que precisa de muita ajuda. Fico feliz por uma universidade pública, como a UFBA, através dessa matéria, buscar dentro da comunidade, uma oportunidade de ajudar. Porque esse é o seu papel: fazer a troca de conhecimento”, afirma.
Para Juca Ribeiro, integrante do projeto Unibeco (uma Universidade Comunitária que fomentará cursos de curta duração), a iniciativa tem potencial de se tornar uma universidade e trazer acessibilidade ao ensino na comunidade, especialmente através da tecnologia.