Arquiteto investe em arquitetura acessível e aproxima os brasileiros dos seus sonhos

A casa dos sonhos ainda é o projeto da vida de muitos brasileiros. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada em 2019, e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 19,7 milhões de brasileiros ainda residem em imóveis alugados ou cedidos por terceiros.

Para quem sonha em adquirir um imóvel próprio, planejar, juntar dinheiro, encontrar o local, conquistar uma linha de crédito e resolver os trâmites burocráticos são alguns dos desafios iniciais que distanciam brasileiros do espaço privativo.

Passada a fase de aquisição, é hora de decorar os espaços. Reformas, alterações, adaptações e ajustes estão entre as principais demandas de quem já tem imóvel próprio. Seja com a reforma de um banheiro, ou o redesenho dos espaços, a transformação dos ambientes garante ainda mais conforto, identidade e bem-estar aos moradores.

Pensando sobre a importância que o se ‘sentir bem em casa’ tem para brasileiros e brasileiras – situação redobrada nos períodos de isolamento social, o arquiteto baiano Márcio Barreto tem se dedicado a oferecer opções acessíveis para reformar, reparar e decorar apartamentos e casas residenciais.

Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), diretor do escritório Arquitetura do Barreto, palestrante e vencedor dos prêmios Portobello + Arquitetura, Destaque Sustentabilidade Nacional em 2018, e ambiente destaque nos sete conceitos da Mostra Morar Mais por Menos – edição Salvador 2018, o baiano Marcio Barreto acredita que projetos arquitetônicos devem e podem ser acessíveis a todos.

“Arquitetura acessível é muito mais do que reproduzir ambientes e materiais luxuosos através de móveis e acabamentos mais baratos e de qualidade inferior. Inclui o uso de itens já existentes pelos moradores, mantendo a memória afetiva e o sentimento de pertencimento ao espaço. Arquitetura acessível é dar novo uso a móveis e objetos de decoração e criar um ambiente lindo. Arquitetura acessível é usar mais da criatividade, sair do senso comum e ainda assim criar ambientes atraentes e funcionais”, explica o arquiteto.

Acontece que dados de uma pesquisa realizada pelo CAU/BR, em 2015, expôs que grande parte da sociedade brasileira vê o trabalho do arquiteto como uma atividade acessível somente para as classes mais ricas. De acordo o relatório, o índice de utilização de profissionais tecnicamente habilitados são de 55,3% para a classe A, e de 25,8% para a classe AB.

“Existe uma grande parcela da população interessada em ter um profissional que auxilie na hora de reformar e montar seus lares, mas o estereótipo da profissão afasta esse público. Por parte dos profissionais, muitos dizem que a população não valoriza o nosso serviço, mas a única forma de mudarmos isso é fazendo as pessoas conhecerem quais serviços são prestados por um arquiteto”, revela Barreto.

Comprometido em aproximar a arquitetura das diversas classes socioeconômicas, Márcio Barreto inseriu em seu escritório o serviço de consultoria, no qual consegue pensar no espaço do cliente e entregar alternativas acessíveis, para que sejam feitas por conta própria ou com o auxílio técnico-profissional.

Acumulando diversas conquistas, desde a sua formação, em 2014, Márcio garante já ter assinado variados projetos acessíveis, nos mais diversos bairros da capital baiana. Cajazeiras, Liberdade, Periperi e Paripe são alguns dos bairros atendido pelo arquiteto, que foi o primeiro a emitir RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) de projetos de Arquitetura de Interiores para ambientes localizadas nesses bairros.

“Com certeza a arquitetura está chegando a lugares e pessoas que não imaginavam contratar os serviços de um profissional. Temos cada dia mais arquitetos dispostos a tornar os serviços acessíveis a todos, aumentando o campo de atuação do profissional e fazendo cada vez mais o papel social da nossa profissão”, destaca.

Arquitetura acessível

Com compromisso de executar cada projeto de acordo com a situação financeira do cliente, a ‘equipe do Barreto’ investe em criatividade, inovação, empatia, sensibilidade e proximidade no relacionamento.

Procurada por pessoas que não querem apenas reproduzir o modismo atual, mas dar espaço à criatividade, montando ambientes personalizados, saindo do senso comum e com o custo que cabem no orçamento, o termo acessível acaba conduzindo o entendimento exclusivo as coisas baratas, consequentemente fazendo ligação a qualidade inferior de materiais e do espaço final, mas não é essa a realidade.

“Hoje conseguimos encontrar produtos de variados preços e qualidades, dizer que tudo é caro é muito relativo, assim como afirmar que o barato tem qualidade inferior. O acessível é relativo ao poder aquisitivo de cada família. Então, se você dispõe de uma verba limitada para a compra de um item, pesquise produtos dentro daquela faixa de preço, talvez seja preciso diminuir um pouco a expectativa de comprar vários itens em uma única vez, mas de forma planejada é possível realizar todos os sonhos”, conclui.

Conheça mais do escritório através do instagram @arquiteturadobarreto.

Sobre Uran Rodrigues 10198 Artigos
Uran Rodrigues é um influente agitador cultural, promoter e idealizador do famoso baile O Pente (@opente_festa), além do projeto Sinta a Luz (@sinta.a.luz). Com uma carreira dedicada à promoção da diversidade cultural e artística, Uran conecta pessoas por meio de eventos que celebram a arte, a moda e a cultura preta. Seu trabalho busca não apenas entreter, mas também valorizar e dar visibilidade às potências culturais de Salvador e de outros estados do Brasil.