Catu e suas histórias encerra trilogia de causos do escritor catuense Eronildes Chaves Ribeiro, o Eron

Após “Catu, histórias, casos e causos” e “Histórias e causos que não contei”, o escritor catuense Eronildes Chaves Ribeiro, conhecido como Eron fecha sua trilogia de causos. O livro “Catu e suas histórias” narra histórias hilárias, envolvendo personagens e personalidades da sociedade, história dos bairros, origem do nome e o misticismo dos seus habitantes, como lendas, bravuras e poesias. A obra será lançada no dia 26 de agosto, às 19h30, na Casa da Cultura Antônio da Luz Pinto, em Catu.

O título revela o imaginário através de causos contados em uma roda de amigos, ou relembrando momentos vividos. De acordo com Eron, o livro fala muito da história do município contada através de seu povo.

“Ao narrar essas histórias, trago também o lado pedagógico dos conhecimentos vividos e acontecidos que merecem destaque, pois elevam o nome da nossa cidade a outras regiões. Da nossa pujança que naquela época nossa Catu tinha referência, no cultivo e na exportação da nossa produção de tabaco, farinha de mandioca e madeira. Hoje se renova os saberes e as histórias, com um tom mais picante e direto pelo desenvolvimento das mídias. Como se diz, a vida segue”, explica.

Entre os sessenta contos do livro, “Ramela” tem uma história peculiar. Dedicado ao bairro de nome Barão de Camaçari, em homenagem a Antônio Calmon de Araújo Góes, nobre político. A Ramela é bem pitoresca, com suas histórias de homens valentes e brigalhões; das tradicionais festas de Reis; do terreiro de candomblé de Soares; do cavalo canarinho, que na década de cinquenta disputava corrida no hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro; do grande e renomado vaqueiro Caxitu, que levava o nome de nossa cidade à outra regiões; do burburinho de uma fonte de água salgada – “a nova praia”; dos times de futebol; da crença dos seus moradores; das mulheres bonitas e a educação da sua gente, no bom trato e o seu folclore daqueles que ali mourejam para manter as suas tradições vivas.

O livro tem uma narrativa diferente, é descrito através dos costumes vividos no momento acontecido. Histórias de estudantes, bêbados, padre, políticos, juiz, prostitutas, médicos, lavadeiras, entre outras pessoas da comunidade que são contadas de uma forma descontraída. É colorido como a vida do escritor, a sua trajetória de menino pobre, a luta pela sobrevivência até se aposentar como gerente de agência de banco.

Sobre o autor
Eron sempre gostou de contar estórias, como um bom morador do interior, não podia ver uma roda de pessoas e lá se vinham casos, “causos” e piadas sobre si mesmo, sobre pessoas, e pessoas de Catu. Histórias picantes que provocavam intensas e gostosas gargalhadas. Enquanto contava, pegava na voz, o que dificultava, muitas vezes, o entendimento. Não se importava, recontava, contava, recontava. Eron decidiu contar mais uma vez, mas um contar diferente. Despretensioso, assim como é na vida, Eron, sem preciosismo. De contador de números, no Colégio Santana, com aulas de Contabilidade, e em Bancos, quando demonstra profissionalismo, aposentando-se como Gerente, passa agora a escrever histórias e histórias.

Foto Samuel & Riso

Sobre Uran Rodrigues 10198 Artigos
Uran Rodrigues é um influente agitador cultural, promoter e idealizador do famoso baile O Pente (@opente_festa), além do projeto Sinta a Luz (@sinta.a.luz). Com uma carreira dedicada à promoção da diversidade cultural e artística, Uran conecta pessoas por meio de eventos que celebram a arte, a moda e a cultura preta. Seu trabalho busca não apenas entreter, mas também valorizar e dar visibilidade às potências culturais de Salvador e de outros estados do Brasil.