Clara Valverde é capricorniana. Sabe cada passo que vai dar, onde quer chegar, por onde ir. Tem um multi-talento incrível pra equilibrar todos os vários pratinhos sem deixar nenhum cair, de quem é ao mesmo tempo a cantora das músicas, a compositora, e até, acredite, a própria gravadora de si mesmo. Gira esses pratos com maestria e faz um som que consegue ser moderno, pop, muito brasileiro e muito global ao mesmo tempo.
Depois de um primeiro trabalho que a trouxe mais de 40 milhões de plays nas plataformas, e de vários singles com os mais variados parceiros, ela se prepara para o tão aguardado segundo álbum.
E, sabe como é né, segundo álbum é onde o artista define seus rumos. Já sentiu a temperatura da água no primeiro, viu pra que lado o vento bate, entendeu as regras do jogo. Agora é colocar o time pro campeonato valendo.
Abrindo os caminhos para este álbum, Clara vem com um primeiro SINGLE que dá um passo além dos que tinha dado até agora. Uma canção brasileiríssima, beirando o “brega” do interior do nordeste, flertando com inspirações forrozeiras, é quase brejeira, mas acima de tudo é POP até a medula. Com uma letra sagaz e acompanhada de um clipe cheio de sacadas bem boladas.
O clipe, inclusive merece um capítulo à parte, pois mostra uma Clara mais madura e intensa, que são também características marcantes desse disco. Nele, ela é uma personagem que cansou de um relacionamento abusivo e fez justiça com as próprias mãos. Inspirado em novelas mexicanas é um filme irônico, lúdico e feminista.
Tudo isso é “CANSEIRA”, composição, claro, dela, nesse caso com os parceiros Josefe e Zebu. Este último também produtor da faixa (nome conhecido do público por trabalhos recentes com Pablo Vittar e Gloria Groove).
E o melhor, “CANSEIRA” vai nascer Taurina. E taurino, como sabemos, são FIRMEZA. Sabem exatamente a que vieram.
Capricórnio e Touro, CLARA e CANSEIRA, terra com terra, match perfeito, muito amor, abridores de caminhos.
Foto de Tainá Bernard