Na última sexta-feira, dia 10 de agosto, a Praça Quincas Berro D’Agua no Centro Histórico de Salvador, foi agraciada pelo terremoto do show da paulistana Liniker.
A cantora chegou cheia de energia, após uma recente turnê maravilhosa pela Europa e Estados Unidos, apresentando muito vigor ao cantar clássicos da sua carreira em completa sintonia com o público.
Mas, um momento especial da sua performance chamou muito a atenção de todos que estavam no evento e foram surpreendidos com a participação da cantora Majur na música “Tua”.
Era um duelo de gigantes, onde a música foi a única a ser enaltecida em todas as suas vertentes e tons. Graves e agudos. Altos e baixos. Foi um tiro contra o preconceito, racismo, homofobia. Uma festa das bichas pretas, que haviam se conhecido horas antes durante entrevista em um programa de televisão local, mas que logo perceberam que a vida era feita desses encontros inusitados e importantes.
Conversamos com Majur para entender um pouco do seu universo musical e o que tens preparado.
SITEUR: Quando percebeu sua paixão e veia musical?
MAJUR: Desde os 5 anos de idade, participando de corais, como o da Orquestra Sinfônica da Juventude de Salvador, fui um dos meninos da famosa janelinha de Natal. Fui integrante do Coral do Colégio da Polícia Militar e venci a primeira fase do FACE – Festival Anual da Canção Estudantil.
SITEUR: De onde vem a sua inspiração e foco ?
MAJUR: Sou fortemente influenciada pelos mestres James Brown, Merry J Blinger, Tim Maia, Fat Family. O interessante que eu tenho a mania de transformar todas as músicas à minha maneira musical, eu amo o novo, isso faz parte da minha identidade musical. A música que eu mais gosto de canta é a da Liniker, Tua.
SITEUR: Pelas redes sociais temos acompanhado o burburinho de um novo trabalho com direção musical de Jaguar Andrade. O que tenha produzido?
MAJUR: Agora em carreira solo, estou no processo de gravação do meu projeto autoral. Nossa música tem se alimentado na pesquisa de uma sonoridade que mescla toques alternativos ao Soul, com fusão de beats eletrônicos com claves de matriz africana.
SITEUR: Do que falam as músicas?
MAJUR: As músicas são o retrato da vida cotidiana como “Desordeiro”, o amor entre pessoas como em “Náufrago”, autorias versáteis e sempre significativas, sendo a mais recente “Africaniei”, que ganhou um clipe com direção de Karol Machado em parceria com o Cantinho da África.
SITEUR: Especificamente a canção “Africanei” é um grito?
MAJUR: A letra é uma composição minha, retratando a ideologia de unicidade racial e reconhecimento da cultura afro-brasileira. “Somos brasileiros, somos um só”
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