Em momento de introspecção e com autoestima colocada à prova, o rapper baiano VUTO desenvolveu seu single “Corpo Fechado”, lançado nessa quarta-feira, dia 22 de setembro, em todas as plataformas digitais.
Durante a pandemia do coronavírus e a necessidade do isolamento social, muitas relações interpessoais sofreram consequências. Com o artista, isso não foi diferente, o que acabou interferindo também na sua forma de lidar com seus sentimentos, algo expressado em seu novo single.
“Durante a música, fica intrínseca uma contradição, natural do ser humano, sobre a sua necessidade de se manter frio e fechado à essas interferências que abalam o psicológico e a autoestima. Mas, na mesma medida, dialogar com uma personalidade vulnerável, que é necessária para saber ser resolutivo”, completa VUTO.
Continuando a lógica de expressar em suas canções pautas como autoestima da população negra, além de suas experiências pessoais, VUTO considera esse trap como uma egotrip, onde ele aborda o entendimento e consequências de lidar bem, ou não, com suas emoções.
Questionado sobre o nome do single, VUTO explica: “Corpo Fechado, nas religiões de matriz africana, significa manter-se integrado com o universo, com a natureza e também com seu próprio corpo, representa estar com a mente sã e saúde em dia, o que é expressado como um processo contínuo durante a letra”.
VUTO é um artista baiano, crescido em Salvador, que está presente na cena do rap desde os 15 anos, quando começou a se apresentar em batalhas de freestyle. As influências na cena soteropolitana foram ficando mais presentes e, em 2014, lançou seu primeiro EP.
Entre 2015 e 2019, lançou diversos singles, feats e álbuns. Além de se apresentar nas principais casas de shows da cidade e em projetos como Casa Tropical Devassa e Roda Cultural. Em 2021, VUTO retoma sua carreira com influências do rap, trap, mas também do indie, do pop e da MPB, unindo vivência, dor e amor.
Ficha técnica:
Composição: VUTO
Mix e Master: YAKO
Captação: YAKO
Fotografia capa: Rei Lacoste
Arte capa: John Oliveira
Videoarte e fotografia: Braza