Pacientes com disfunções locomotoras em Salvador ganharam um aliado no tratamento e reabilitação neurofuncional. Trata-se do Lokomat, exoesqueleto projetado especificamente para otimizar o treinamento de marcha, que se aproxima do padrão fisiológico graças ao sistema avançado que explora a neuroplasticidade e promove a recuperação motora. Tido por profissionais da área como o que há de mais moderno nesse tipo de tratamento, ele é indicado para pessoas com lesões neurológicas, como lesão medular, paralisia cerebral, AVC, TCE e encefalopatia. O Lokomat atua com o sistema desencadeando o automatismo de flexão e extensão dos membros inferiores, permitindo que os pacientes explorem sua capacidade de recuperação.
A máquina é capaz ainda de otimizar a verticalização axial e pélvica, evitando a recurvatura dos joelhos sob carga. “Ele oferece os estímulos necessários para a recuperação da marcha de indivíduos com sequelas neurológicas, dentro de um padrão mais fisiológico possível. É o que há de mais moderno para a recuperação da marcha, um dos nossos principais objetivos na reabilitação de indivíduos com sequelas neurológicas”, explica o fisioterapeuta Cristiano Souza, diretor à frente da Paraleme, que atua há quatro anos em Salvador com foco no lesionado medular, e que expandiu recentemente para outras lesões neurológicas.
O Espaço Paraleme é o primeiro centro de saúde do Nordeste a possuir o exoesqueleto robótico. Em seis meses, mais de 20 pacientes da capital baiana já realizaram o tratamento com o dispositivo médico que é um reforço no tratamento e reabilitação neurofuncional. O foco de atuação da clínica é oferecer suporte desde a fase aguda da lesão até a reintegração social.
No Brasil, há apenas oito dispositivos médicos robóticos Lokomat. Alguns deles estão disponíveis para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na rede de hospitais de reabilitação Lucy Montoro, e na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), ambos em São Paulo.