A Praça dos Trovadores, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, revela-se museu de artes públicas no segundo dia de ocupação no projeto “A Rua é o Museu do Povo”, no próximo domingo (14/02), com grafias artísticas em tempo real e exposições durante toda a tarde, das 14h até 17h.
O bairro ocupa o décimo lugar em população da capital baiana e é nesse cenário que Pedro Arcanjo, morador do bairro e conhecido por seu vulgo Noite, contará através do grapixo parte de sua história de luta e resistência.
O poeta visual Luís Santos fará das tintas expressões sobre os absurdos da existência no mundo contemporâneo e do cotidiano das ruas. Num diálogo entre as artes públicas contemporâneas (teatro de rua, dança, performances, etc) com os monumentos históricos das praças, o fotógrafo Hércules Bressy expõe registros de intervenções plurais feitas nestes espaços públicos. A atriz e poeta Milica San, integrante do grupo A pombagem, irá performar um dos atos do espetáculo O Museu é a Rua, proporcionado à população presente outros olhares de ocupação da rua.
A Rua é o Museu do Povo, idealizado pelo grupo Arte Marginal Salvador em 2009, realiza ainda a partir das 18h rodas de conversas depois das intervenções urbanas no formato de live, com a intenção de refletir sobre os aparelhos públicos de fruição cultural, como o museu. Neste domingo (14), a performer Milica San mediará um bate-papo com a museóloga Alana Alves e o artista Pedro Arcanjo (Noite).
O terceiro bate-papo, 21 de fevereiro, é com a museóloga Melissa Santos e o artista Hércules Bressy, mediados pela performer Ludmila Singa. As assistentes sociais Candeias Souza e Val Santos são as convidadas do domingo, 28 de fevereiro, do diálogo mediado pela Fabricia Rios, performer que também integra o grupo A Pombagem.
Vale lembrar que, neste dois últimos domingos de fevereiro (21 e 28), praças dos bairros do Largo do Tanque e da Liberdade recebem as intervenções públicas d’A Rua é o Museu do Povo, que seguem todos os protocolos sanitários de higienização e distanciamento social.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do ministério do Turismo, Governo Federal.