A população, que já não anda nada satisfeita com os preços que vêm sendo cobrados para shows e eventos culturais, terá que pagar ainda mais caro para ter acesso aos eventos que acontecem no Teatro Castro Alves e Concha Acústica – espaços administrados pelo Governo do Estado através da FUNCEB e Secretaria de Cultura.
O motivo é a retirada do desconto no valor da pauta (aluguel do espaço) que vinha sendo concedido pelo Governo do Estado como forma de ajudar os artistas e produtores culturais a se recuperarem dos impactos negativos da pandemia de COVID 19. Durante alguns meses, um desconto de 50% vinha sendo oferecido e o percentual que era de 10%, da arrecadação bruta dos eventos, estava em 5%.
O motivo do aumento, no valor dos shows, segundo os produtores culturais, vem devido à retirada desse apoio que vinha sendo de grande ajuda. Sem opção, eles se veem obrigados a repassar os custos para o valor dos ingressos e consequentemente para os consumidores.
O setor cultural e de eventos foi o mais impactado pela pandemia. Foi o primeiro a interromper suas atividades e o último a retomá-las – um processo que ainda vem acontecendo, tendo em vista que o setor ainda enfrenta grandes dificuldades que demandam tempo e mais apoio e políticas públicas por parte do poder público.
Nesse contexto, artistas e produtores culturais vêm se manifestando e pedindo o apoio da imprensa e da população para reverterem a decisão alegando, inclusive, que esse foi o único benefício efetivo que vinha sendo concedido, pelo Governo do Estado, ao setor cultural para o enfrentamento dos impactos da pandemia.
A decisão veio, ainda, num péssimo momento que coincide com o fatídico incêndio que acometeu o Teatro Castro Alves e que tem causando transtornos e prejuízos à toda classe de profissionais de cultura que estão vendo seus shows sendo cancelados (até o presente momento sem qualquer resposta sobre a reforma e retorno do funcionamento do espaço).
A ABAPE, em conjunto com outros representantes do setor, vêm insistindo numa reunião com o novo Secretário de Cultura – Bruno Monteiro – sem sucesso.
Nota: ABAPE
