‘Conforto’ é a palavra do momento para quem está trabalhando dentro de casa (home office), em virtude da pandemia do coronavírus. Sem acessórios apertados, calças jeans, ou salto alto, looks despojados e mais leves, todavia atento as regras de etiqueta do trabalho, tem sido uma escolha recorrente entre os profissionais.
Segundo o violista Caio Mata, 21, que migrou as atividades presenciais no Parque do Queimado (Liberdade) para a tela do computador com a orquestra NEOJIBA — Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, ensaiar dentro de casa lhe permite usar roupas mais confortáveis, a exemplo de shorts, sandálias rasteiras e uma camisa t-shirt comum, distante do padrão que estava acostumado a usar nas ruas: calça jeans, sapatos, meias, relógio, camisa e o case do instrumento.
Outra mudança de look aconteceu com a estudante Ana Carolina, 23. Deixando de lado calças jeans, sapatos fechados e peças sociais, a assistente de produção conta que passou a usar bermudas, calças de tecido e blusas mais leves para trabalhar em casa. “Sinto que os looks pra ficar em casa são mais simples, me levando a montar poucas combinações em que realmente me expresso (arrumo) para ficar bonita. É diferente de um momento em que você se arruma para sair, em que pensa no conceito para as peças, na composição com maquiagem e até o cabelo pra arrumar. Em casa, tudo isso diminui”, relata.
Com 6 em cada 10 brasileiros inseridos no modelo home office por causa da pandemia, segundo levantamento da Hibou em parceria com a Indico, a expectativa é que esse mercado ainda cresça em torno de 30%, mesmo após a flexibilização das atividades presenciais, ditando novas tendências no lifestyle e looks da moda para uma nova geração de trabalhadores.
Ajudando a preparar composições para o home office, com vida útil prolongada para quem permanecer via teletrabalho na reabertura dos escritórios, a especialista em moda, Lourrani Baas, atenta para o uso inadequado de peças muito casuais, deixando de lado nos closets e guarda-roupas blusas de alça, pijamas e demais peças que se encontrem amassadas ou manchadas.
“O ideal é vestir-se como se realmente fosse sair para trabalhar. Sabemos que muitos não obedecerão a essa regra e irão preferir o look mais confortável possível, entretanto, isso não significa que a ‘imagem profissional’ deva ser esquecida e legitime o uso de peças amassadas ou sujas. Outra regra de ouro: tire o pijama, camisola ou roupas de dormir. Não dá para começar o dia de trabalho em ‘vibes’ de edredom, afinal, isso pode influenciar na produtividade”, explica.
Revelando as principais tendências para a “moda home office”, Lourrani destaca seis looks, estilos e comportamentos de compra que seguirão em alta, mesmo com a flexibilização do isolamento social. Confira abaixo:
CONJUNTO ESPORTIVO
“Se jogue na moda esportiva, que está super em alta e promete ser uma forte aliada do home office. Experimente jaquetas de tecido leve com uma camiseta e calças tipo jogging (para corrida)”, explica.
‘CORINGAS’ E TONS NEUTROS
“Aposte em tons neutros e peças ‘coringas’ (roupas versáteis e indispensáveis no closet), como calças levinhas, de moletom ou legging, e jeans macios com stretch — feito para esticar —, são peças-chave para unir bem-estar e elegância”
LOUNGEWEAR
“Um quase pijama com estilo! As peças são neutras, básicas e bem confortáveis, mesclando moletom e outros tecidos leves”
PEÇAS DESPOJADAS
“Pode apostar em peças mais despojadas, o que não significa moletom rasgado. Camisas longas, calças moletom e calçados rasteiros estão permitidos, mas lembre-se: disciplina, compromisso e organização”
ATENÇÃO ÀS PARTE DE CIMA
“Camisas de algodão e peças com decotes discretos já estão inseridas na ‘moda home office’. É importante dar uma atenção especial as partes superiores para videoconferências e reuniões da empresa, cabendo uma melhor etiqueta da cintura para cima”
MODELAGEM MAIS LARGA
“Outra tendência da nova geração do trabalho é a compra de peças com modelagem mais larga que priorizam o conforto pessoal, seja em camisetas, blusas ou calças. Adquirir itens sem priorizar a métrica exata do tecido para o corpo passa a ser mais comum”, conclui.
Para entrar em contato com Lourrani, acesse o perfil do Instagram @lourranibaas ou fale através do WhatsApp (71) 9 9308–0323.