Seko Bass, baixista e produtor musical, e o vocalista Russo Passa Pusso, ambos do BaianaSystem, transformam o Ijexá clássico “Palagô” de Pedro Guinu em uma pista de dança afro-futurista de Dub, Rap e Cumbia que atrairá DJs e entusiastas obcecados por graves tropicais em todo o mundo.
Como produtor do BaianaSystem, Seko Bass tem estado na vanguarda de levar o som pesado e socialmente consciente no Brasil e fora dele, uma vez que continua a reverberar simultaneamente muito além de suas fronteiras.
“Quando eu ouvi a faixa original, achei a linguagem bem afrobeat, Fela Kuti, Tony Allen, que eu gosto muito e que faz parte da minha vivência musical aqui em Salvador. Na minha produção, procurei fazer um link desse afrobeat com o ijexá, essa troca de sons da África, do Candomblé, e do baiano”, diz Seko Bass.
O icônico MC/vocalista brasileiro Russo Passapusso escreveu um verso totalmente novo, o que elevou o remix à obra original. Seko e Russo novamente deixam a sua marca reafirmando o conceito de impulsionar a música afro-brasileira para o futuro.
“Quando ouvi Palagô, minhas lembranças foram muito fortes em relação à chuva e à sobrevivência das pessoas, e trata disso: saber como dialogar com as respostas da natureza e como assumir o que a gente tem de fato de responsabilidade nessas respostas naturais. A letra também apresenta um vínculo local com a linguagem, com as gírias, patuás e com esses vocábulos que são criados dentro do mundo do popular, “dentro da rua”: o trocadilho “Lapa alagou, Palagô” tem a ver com esse sotaque do Rio e essa relação Rio-Bahia que a gente tem.” – comenta Russo.
O single é porta de entrada para o álbum de mesmo nome: “Palagô” de Pedro Guinu. Um disco que estampa a relação do artista com o Rio , sua forte influência com as raízes da música brasileira e dos ritmos africanos. Palagô traz todo aroma e a sonoridade das gravações da década de 1970. São dez faixas recheadas de muito groove, arranjos de bom gosto, improvisos e polirritmia. Será lançado em vinil e digital pelo selo nova-iorquino Razor N Tape, no início de setembro de 2022, acompanhado dos remixes de artistas como Seko e Russo Passapuso do BaianaSystem, Diogo Strauss, Jose Marquez, Carrot Greene e Faze Action.
Sobre Pedro Guinu
Pedro Guinu é um compositor, músico e produtor brasileiro originário de Minas Gerais na região fronteira com a Bahia. Cresceu em uma família de músicos profissionais, aprendeu a tocar piano em casa ouvindo discos clássicos da música brasileira passando pelo jazz, rock, soul e pop.
Após várias mudanças no Brasil e fora, se consolidou no Rio, onde vive e trabalha há 10 anos. Requisitado tecladista e produtor musical, já atuou com artistas como IZA, WC no Beat, Julia Mestre, Caio Prado, Luciane Dom entre outros. Atualmente, está em turnê com o lendário grupo Planet Hemp e o rapper baiano Baco Exu do Blues.
Foto de Guilherme Bezerra
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