Em homenagem ao Novembro Negro, fica em cartaz até 4 de dezembro a mostra Dilenga: Artesanato das Coroas de Rainha do Afro Bankoma, no Centro de Comercialização do Artesanato da Bahia, no Largo do Porto da Barra. A exposição reúne cinco trajes de rainhas do bloco afro Bankoma produzidos artesanalmente no Terreiro São Jorge Filho da Goméia. A visitação é gratuita e o horário de funcionamento é das 10h às 18h (de segunda a sexta) e das 9h às 14h (sábado).
A mostra é fruto do mapeamento da produção artesanal nas comunidades de terreiros realizado pela Coordenação de Fomento ao Artesanato. “O evento dá visibilidade ao artesanato produzido no interior dos espaços religiosos de matriz africana que representam a nossa cultura, a nossa resistência, a nossa forma de reinventar o continente africano em solo brasileiro. É uma singela homenagem à cultura negra neste mês da Consciência Negra”, afirma Ângela Guimarães.
No Terreiro São Jorge Filho da Goméia, localizado em Lauro de Freitas, a tradição artesanal encontrada se expressa em bordados, na tecelagem manual, na criação de paramentos das entidades religiosas, entre outras atividades. Além disso, desde 2000, o terreiro leva às ruas no carnaval o bloco afro Bankoma, expressão cultural de sua música, instrumentos, danças, adereços e roupas. A rainha da agremiação representa, anualmente, em seu traje e coroa (“dilenga”, em kimbundo), o tema do desfile e a referência estética marcada pela herança africana reconstituída no Brasil.